A Pequena Sereia (2023) e a importância da representatividade

A versão live action do original da Disney “A Pequena Sereia” foi lançada no dia 25 de maio nos cinemas e já arrecadou 414 milhões de dólares ao redor do mundo. Mas a importância dessa obra vai muito além de só um entretenimento para todos, diferente da protagonista do filme de 1989, uma jovem branca, a sereia ganha vida com Halle Bailey no papel título. A representatividade se impõe e provoca uma reflexão para todas as gerações de fãs da tão amada Disney. Nas produções da Disney, a princesa Tiana, de “A princesa e o sapo” era a única representação preta até mês passado e continua sendo a única nas animações, mas Halle chegou para quebrar isso.

Antes do lançamento do filme, o teaser já causou uma viralização de reações de meninas pretas nas redes sociais ao ver Halle Bailey cantando como Pequena Sereia. A mensagem da música do filme “Part of Your World” que fala sobre pertencimento foi exatamente como as crianças que viram o filme estão se sentindo com a nova Ariel. A atriz se sentiu muito bem com tal viralização e conta: “Quando eu vi os vídeos com as reações das crianças, eu chorei. Eu fiquei muito emocionada porque eu me lembrei da garotinha que eu era e se eu visse uma sereia negra quando eu era jovem, isso teria mudado toda a minha perspectiva de vida”.

Uma das coisas que foram mais questionadas e criticadas quando Halle Bailey foi anunciada como Ariel foi sua aparência. A protagonista original tinha seu cabelo liso, pele branca e cauda verde como traços que caracterizavam seu físico como personagem; e ao caracterizar uma personagem preta, muito se questionou se isso se manteria fiel ou não. Por escolha da direção, foi dada a liberdade e possibilidade para a atriz Halle Bailey utilizar seu cabelo natural, seus locks, que tem desde criança e que importam muito para ela e para a cultura negra em geral.

A atriz conquistou o público trazendo sua própria versão da princesa e trazendo novos reflexos da personagem, além de surpreender a todos com seu carisma e trazer a doçura e a curiosidade de Ariel que todos já conheciam pelo filme de 1989. A obra, que traz uma nova visão para a sociedade e a Disney, deveria ser assistida tanto pela mensagem e importância social quanto pela leveza e diversão trazida. 

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